RSS
Write some words about you and your blog here

Prática de Ensino da Educação Física Escolar III no Colégio de Aplicação

            Neste segundo semestre de 2012 (calendário reprogramado) estamos trabalhando no Colégio de Aplicação com a disciplina Prática de Ensino da Educação Física Escolar III (CCSD-137), que tem a seguinte ementa: "Trata da investigação e prática pedagógica da Educação Física no Ensino Médio. Aplicação de conhecimentos relativos ao planejamento, conteúdo, objetivos e avaliação do processo ensino-aprendizagem da Educação Física".

 
 

        Os alunos que participam e realizam nossas aulas de Educação Física no Ensino Médio são sujeitos socioculturais. O que isso significa? Inicialmente, significa superarmos uma certa visão estereotipada da noção de “alunos”, buscando dar-lhes outro significado. O desafio é buscar entender esses alunos/as na sua condição de jovens, compreendendo-os nas suas diferenças, percebendo-os como sujeitos que se constituem como tal a partir de uma trajetória histórica, por vezes com visões de mundo, valores, sentimentos, emoções, comportamentos, projetos de mundo bastante peculiares (BRASIL, 2006, p. 220 [1])
 
 
 
          Este primeiro dia de prática de ensino foi iniciado pelo  grupo 2: Grissila Manuaris; Elenízia Barbosa; Tatiane Melo; Priscila Barbosa (ñ. está na foto); Gezilda Silva; Sara Resende.
 
 
           O tema que o grupo desenvolveu foi  jogos cooperativos, tendo por objetivo[1] da aula: "Desenvolver a cooperação, a motivação e a integração por meio do trabalho em grupo, bem como as habilidades funcionais de exploração[2], o desempenho[3], atividade social[4], as habilidades linguísticas[5]e condutas afetivas[6].
 
               O grupo iniciou a aula explicando aos estudantes o tema da aula.
         
 
 
            E em seguida realizaram a dinâmica chamada "teia", onde cada estudante se apresentava dizendo o nome e o curso que desejava fazer no ensino superior.
                                                      

          Quando todos se apresentaram, os estudantes tiveram que manter o equilíbrio da teia e coletivamente encaixar uma caneta que estava presa à ponta do barbante, em uma garrafa pet.
 
 
         
           De acordo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio: "As aulas de Educação Física não acontecem em um local abstrato. Acontecem e são realizadas por sujeitos concretos, reais, possuidores de    histórias de vida e, sobretudo, de um corpo" (BRASIL, 2006, p. 220).
          Neste sentido, o grupo 2 começou a preparação da aula propriamente dita fazendo exercícios de alongamento e respiração com a turma.
 
                                     
        
          Passou-se, então, ao primeiro jogo cooperativo: escravos de Jó, ao ritmo da canção, o grupo todo participando, sentindo a música e gestualizando com o corpo, saltitando para o lado, e no refrão, para frente e para trás.
 
 
          Canção escravos de Jó (uma dentre tantas versões da tradição oral):
"Escravos de Jó,
Jogavam caxangá,
Tira, bota, deixa ficar,
Guerreiros com guerreiros,
Fazem zigue-zigue-zague".
 
          O próximo jogo que o grupo realizou é denominado nó humano. Vejam como a turma se empenhou em resolver o problema proposto: Como podemos desfazer o nó humano sem soltar as mãos?
 
                                            

          E um trabalho cooperativo onde todos se divertem, o cabo de guerra.
                                              

          E um jogo que eu não conhecia: guerra de bolinhas de papel.
 
 
          E para terminar - vôlei com lençol (que eu também não conhecia).
 
 
          Momento final de avaliação e despedidas.
 

         
          Compartilhamos com a noção de juventude como um processo de constituição de sujeitos com direitos, saberes e valores de seu grupo social.
 
         
 
          Nesse contexto, segundo as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006, p. 222): "Os jovens que chegam às escolas de ensino médio são portadores de saberes e praticantes de determinadas experiências construídas em outros espaços e tempos sociais. Na participação de grupos de sociabilidade extra-escolares, os jovens ampliam suas possibilidades de atuar como protagonistas de suas ações e se constituirem sujeitos sociais autônomos".
          Nesta compreensão o Grupo 5, manteve a temática tratada pelo grupo anterior, buscando aprofundar e ampliar as experiências criativas dos estudantes do CAp.

         Grupo 5: Jaiso, Elioney, Manuares, Marcos, Emanuel (faltou apenas o Dienerson q. sofreu um acidente de moto - esperamos que tenha uma boa recuperação!) e Anderson Rocha (q. não saiu na foto)
         
          Dando prosseguimento ao tema jogos cooperativos, o grupo encaminhou, após o intervalo, os estudantes à sala de vídeo, onde retomaram o assunto.
 
 
          O grupo passou vídeos educativos para os alunos tendo como temática sobre jogos cooperativos.
         

 
 
 
          Em o grupo encaminhou os estudantes para a quadra onde começaram a aula propriamente dita, tendo por objetivo fazer com que os estudantes participassem ativamente do processo de criação de jogos cooperativos, reconhecendo-se como sujeitos fazedores da cultura corporal.
 

          O grupo disponibilizou para os estudantes diversos tipos de materiais solicitando que eles se dividissem em grupos e criassem um jogo cooperativo, tendo como referencia as definições/explicações já passadas, e apresentassem/demonstrassem aos demais. O médoto utilizado foi o brainstorming (tempestade de ideias) baseado na obra de
Taffarel (1985)[8].


     Os estudantes imediatamente aceitaram o desafio e começaram a experimentar as diversas possibilidades de utilização de materiais para resolver o problema proposto: como podemos criar jogos cooperativos com os materiais disponíveis?
 
Experimentando
 
          O primeiro grupo criou um jogo no qual uma dupla "entra" na corda e saltitando troca passes até que um deles erre. Sendo a dupla substituída por outra e os que estão girando a corda são também substituídos.
                                                       "jogo da troca de passes na corda"

          Outro grupo de estudantes apresentou-nos um jogo no qual o jogador começa saltitando nos arcos, salta uma corda, pega a bola e retorna saltando sobre a corda e nos arcos entregando a bola ao primeiro da fila e dirigindo-se ao final da mesma.

                                                    "Estafeta em percurso de obstáculos"
  
          O terceiro grupo preparou um jogo da velha com cordas e latas (em cores diferentes para cada jogador). Como no jogo original participam duas pessoas de cada vez.
 
                                                      "jogo da velha"

         O quarto grupo criou um jogo no qual se utilizava apenas uma bola e um arco. O jogo começa com um jogador lançando o arco para cima e o outro jogador arremessa a bola de forma a que que ela passe por dentro do arco. Esse jogo embora pareça muito simples, requer um bom nível de precisão visomotora. Foi bastante apreciado pelos estudantes.
 
                                               "jogo de bola ao alvo"
                            
          O quinto grupo criou um percurso de obstáculos com cones, arcos, bolas e latas.
                                             "percurso de obstáculos"
 
          O último grupo criou um jogo de troca de passes com revezamento por entre os cones.
                                            "revezamento entre os cones com troca de passes"
         
            E assim encerramos mais uma atividade da disciplina Prática de Ensino da Educação Física Escolar III no Colégio de Aplicação.
            Na foto, o Grupo 5 despede-se dos estudantes, após a avaliação da aula.

 
          Gostaríamos de ressaltar que, conforme os Referencias Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006, p. 222): “Os jovens que chegam às escolas de ensino médio são portadores de saberes e praticantes de determinadas experiências construídas em outros espaços e tempos sociais. Na participação de grupos de sociabilidade extra escolares, os jovens ampliam suas possibilidades de atuar como protagonistas de suas ações e se constituírem sujeitos sociais autônomos”.
                                Estudantes de Ensino Médio do Colégio de Aplicação     
           Nesse sentido, um bom caminho que indicamos aos discentes desta disciplina é a utilização dos métodos criativos testados por Taffarel (1985), onde temos:
1.       Método da análise – Este método facilitaria a identificação, por parte dos alunos, das características próprias de um determinado material, local, do conteúdo e de sua multifuncionalidade.
2.      Método da análise-síntese - Pressupõe a combinação, a composição das partes, para formar uma nova estrutura, uma configuração, uma nova forma, uma nova solução. Outra possibilidade seria a ocorrência simultânea dos processos análise e síntese, sem que ocorra, necessariamente, o ato de análise e em seguida a síntese.
3.      Método brainstorming – Apresentam-se ao grupo tarefas de estrutura clara e não muito abrangentes, podendo ser realizadas em pequenos grupos ou individualmente, de forma oral, escrita ou por demonstração. É indicado para “a execução de ações, movimentos e jogos esportivos”. Método checklist (lista de checagem)Por esse método procura-se, através de uma categoria de perguntas, delinear uma área de abrangência do problema, visando a ideias mais criativas. Próprio para estimular a imaginação e a capacidade redefinição, consideradas necessárias ao pensamento criativo.
          Mackinnon (citado por ALENCAR 1995[9]), observou que as pessoas criativas apresentam os seguintes traços de personalidade:
 a) intuição;
b)flexibilidade cognitiva;
c) percepção de si mesmo como uma pessoa responsável;
d) persistência e dedicação ao trabalho;
e) pensamento independente;
f) menor interesse em pequenos detalhes e maior nos significados e implicações dos fatos; g) maior tolerância à ambiguidade;
h)espontaneidade;
i) maior abertura às experiências;
j) interesses não-convencionais.
           Nesse sentido, os alunos devem sempre ser desafiados a realizar novas descobertas, e não somente receberem passivamente as informações fornecidas pelo professor/a. Este por sua vez deve propiciar um ambiente favorável para que o aluno sinta-se estimulado a pensar e aprender a resolver problemas e desafios de forma criativa.


1]BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria da Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Conhecimentos de Educação Física. Brasília: MEC/SEB, 2006
 
[2] Objetivo específico: Refere-se à habilidades que, ao final da aula, espera-se que os alunos tenham alcançado.
[3] Habilidades funcionais de exploração: percepções visual, auditiva, tátil, deslocamento, movimento dinâmico no espaço.
[4] Desempenho: disponibilidade corporal, flexibilidade, agilidade, destreza, força, precisão, concentração, memória lógica.
[5] Atividade social: de participação coletiva (cooperativa).
 
[6] Habilidades linguísticas: decodificação/nomeação/expressão verbal.
 
[7]Condutas afetivas: confiança, autonomia, iniciativa, identidade.
 
[8] TAFFAREL, Celi Nelza Zulke. Criatividade nas aulas de Educação Física. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1985.
[9] ALENCAR, E.M.L.S. de . Criatividade. EdUNB, 1995.





 

0 comentários:

Postar um comentário