RSS
Write some words about you and your blog here

II OFICINA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

          II OFICINA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS DO PET-EF/UFAC

         
          Onde? Sala PET-EF
       Quando? 02/03/13
       Horário: 09h. as 12h.
       Oficineira: Raquel Greyciane
       Para quem? Grupo PET-EF/UFAC

 
Grupo PET-EF/UFAC

          Contar histórias é uma atividade prezerosa que faz bem ao coração e à alma. O lugar onde a história é contada ganha magia, encanto, mistério e aventura.

Grupo PET-EF/UFAC 

          Os antigos contadores criaram histórias belíssimas para as nossas crianças, trouxeram risos, sedimentaram o folclore brasileiro com o negrinho do pastoreio, o lobisomemem, a yara, a cuca, dentre outras maravilhosa histórias e mantiveram viva a tradição de contar histórias.

                           Cantinho da contação de histórias

          As histórias chegam devagarzinho na mente do contador e se tornam oralidade com suas figuras de linguagem encantadoras. Não há uma criança que fique calada com o toc, toc, toc da porta ou o tic, tac, tic, tac do relógio.
 

Janete contou "A raposa e o galo"
          Muitas crianças nunca ouviram uma história. Para elas pode parecer desinteressante no início, mas a partir do desenvolvimento desse novo hábito o que antes era estranho começa a ficar engraçada, alegre, divertida, instrutiva, interativa e alivia dores curando sentimentos amedrontadores.

Todos atentos se divertindo com a historinha

        A contação de histórias acompanhou as mudanças que aconteceram no mundo. Hoje, essa arte tornou-se uma profissão com técnicas avançadas e modernas. Há pessoas que fazem cursos de dança e teatro para aperfeiçoar a forma de contar histórias. Há livros ensinando a como contar histórias.

André contou "A canoa encantada"

          Segundo Trajano ( 2007)[1]  para ser contador de histórias se fazem necessárias três coisas: arte, técnica e amor.
          "A arte significa o dom . Contar histórias é como pintar quadros. Nunca se sabe qual vai ser o resultado da obra criada. Cada indivíduo vai fazer uma leitura diferente, e serão muitas as opiniões divergentes. O contador de histórias pode ser considerado como um pintor que pinta, em vez de quadros, palavras em molduras na imaginação das crianças. o contador de histórias vai se formando a partir da sua maturidade e experiência, chega um dia que ele sente a vontade de narrar alguma coisa e daí não para mais" (TRAJANO, 2007, p. 07).
 
Adriana contando "O capitão pirata"

          Toda arte tem sua técnica e por isso observamos algumas técnicas apontadas por Trajano (2007, p. 08):
  • Nunca ficar de costas para o público;
  • Ter cuidado com a voz;
  • Gesticular na hora certa;
  • Imitar os sons das coisas;
  • Deixar as crianças sempre à sua frente;
  • Ler diversas vezes - para si mesmo/a - a história escolhida.
Camille contando "A lebre e a tartaruga"
 
          Prossegue Trajano (2007, p. 08): "Além disso o contador deve ter amor pelo seu público. O contador não deve ter mágoas na alma, não deve ser um poço de problemas, não deve estar estressado e não deve usar gírias ou falar palavrões".
 
Eduim contando "O leão e o camundongo"
 

          O amor pelas crianças de todas as classe sociais e de todos os tipos, desde às mais traquinas às mais tímidas, deve ser igual.
Renilson contando "r" de rato
 
                    Sem amor não há como ser contador de histórias.
 
 Kedma contando "a raposa e as uvas"

             As historinhas ensinam as crianças a enfrentar a dureza da vida, a incompreensão dos adultos, o mito de que toda criança é feliz e não tem problemas.
     
    Todos atentos
     
              Criança sofre muito também. Tem seus medos e anseios. É preciso que os adultos aprendam a amar as crianças verdadeiramente.
    Paula contando "O jogo dos animais"
     
              Korzjack (1983, p. 234)[1] nos ensina como deve ser esse amor: "Somente poderá amar cada criança com amor sábio, quem se interessar pela sua vida espiritual, por suas necessidades, por seu futuro. Quanto mais se aproximar da criança, mais verá nela coisas dignas de sua atenção. E é nessa observação escrupulosa que encontrará sua recompensa e a coragem para novos esforços, que permitam que vá sempre em frente".
    Contei "Yara, a rainha das águas"
                        É este interesse pela criança que devemos adotar. A criança é inteligente, sabe o que quer, tem o direito de fazer suas escolhas e de opinar quando necessário. Contar histórias é amor. Quem conta histórias é um amante; e quem as ouve, o amado.
    Raquel contou "O leão e a coruja"
     
              Nossa oficineira - Raquel - nos ensinou alguns pontos importantes:
  • Para contar uma boa história é necessário conhecê-la bem (para isso deve-se ler muitas vezes cada historinha que se vai contar);
  • Procurar os significados das palavras desconhecidas no dicionário e estar preparado para as perguntas das crianças;
  • Ter voz firme: trabalhar a voz (própria e dos personagens);
  • Evitar histórias muito curtas;
  • Contar histórias provocativas (quando se é professor) e deixar o final em suspense para a próxima aula. Pedir que eles escrevam um final para a história. No encontro seguinte, pedir que eles leiam cada final. Experimentar novas situações.
  • Quando possível fazer registros (fotográfico ou filmagem).
         
          Ao final de nossa oficina saboreamos um delicioso bolo de chocolate que a Camille preparou.
 
 

    [1] KORCZAK, Janusg. Como amar uma criança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. p. 234.

[1] TRAJANO, Rosângela. Efeitos educacionais e terapêuticos da contação de histórias. Disponível em http://www.rosangelatrajano.com.br/contacaohistorias.pdf. Acesso em 23 fev. 2012. 







         

0 comentários:

Postar um comentário